
Murau com os artistas de Campinas...
Pâmela, Luciana, Soraia e Vivian.
Esse relato tem por objetivo contar, mesmo que brevemente, as nossas experiências no MIS - Museu da Imagem e Som, bem como mostrar um pouco do seu funcionamento. O MIS foi fundado em 1975 e, desde então, vem captando, organizando, preservando e divulgando registros iconográficos que documentam a história social e cultural de Campinas. Além destes registros, possui um acervo tecnológico, constituído por equipamentos exemplares do desenvolvimento e do uso da tecnologia audiovisual.
Em 2004, o MIS ganhou sede própria no Palácio dos Azulejos, iniciando uma nova fase de planejamento em relação aos acervos e desenvolvimentos de programas e projetos e fortalecimento de comunicação com o público.
Nos últimos anos, o museu tem desenvolvido ações que buscam integrar: preservação de acervos iconográficos e sonoros, pesquisa e difusão cultural, além de atender a demanda de consultas de estudantes, professores, cineastas, produtores culturais, enfim, profissionais de diversas áreas que necessitam ter acesso às imagens históricas da cidade e região. O Museu realiza seus próprios projetos de pesquisa, cujos resultados são disponibilizados para a população em exposições, publicações e vídeos. O MIS também organiza mostras de vídeo, cinema e fotografia.
O MIS está dividido em setores de fotografia, vídeo, cinema e música, além de possuir uma biblioteca com publicações que vão desde livros e revistas até partituras.
Pensando nisso, achamos que seria interessante, desenvolver mesmo que por pouco tempo um trabalho de preservação, organização e catalogação do acervo juntamente com a Flávia, uma profissional formada em música, responsável pelo setor.
Adentrando o espaço físico da discoteca pudemos observar a enorme quantidade de discos, bem como o estado precário de alguns. Contudo, foi só com o manuseio destes (tem de ser feito de maneira muito cuidadosa porque para quebrar é muito fácil, e nós não pretendemos ser responsáveis pela destruição do patrimônio público, rs) que nos demos conta da diversidade, já que encontramos óperas, sambas (esses são muitos!), tango, bolero, enfim tem de tudo.
Bom, mas voltando um pouco, o nosso trabalho é basicamente pegar disco por disco e catalogar, ou seja, colocar o nome da canção, o gênero e o intérprete, além de limpar cada um deles.
Também testemunhamos a falta de cuidado com a catalogação durante as diversas gestões que o Museu conheceu. Parte do acervo está organizada, mas não há um registro escrito da lógica da organização feita pelos antigos funcionários. Com isso a atual responsável, a Flávia, é obrigada a organizar novamente todo o acervo, fato que inviabiliza o acesso aos pesquisadores.
A falta de um computador que abrigue os dados de todo acervo é mais um agravante. Mesmo assim está sendo interessante acompanhar o processo de catalogação, ainda que com muitas dificuldades, e como o registro dos procedimentos adotados é vital para o bom funcionamento do Museu. E esperamos que nossa pequena participação contribua com a abertura de um acervo muito rico na área da história da música.