Após a nossa última semana de estágio – se que se resumiu a três idas ao Observatório, já que a chuva resolveu não colaborar – optamos por fazer um balanço de toda a experiência.
O que nos incomodou na experiência toda foi a falta de iniciativa dos profissionais do local em nos envolver nas atividades do Observatório. Talvez, pelo fato de que as pessoas que lá trabalham já estarem extremamente envolvidas nas pesquisas e atividades que dependem inteiramente deles para poderem ser desenvolvidas. Assim, enquanto estagiários, passamos boa parte das nossas três tardes e noites sem ter realmente muito que fazer. Até mesmo a pesquisa que nos foi pedida, não teve o respaldo esperado: o astrônomo responsável pela proposta não apareceu mais nenhum dos outros dias para acompanhar o desenvolvimento da atividade ou para discutir a maneira como ela deveria ser feita. Quanto aos outros astrônomos, deles não partiram nenhuma iniciativa no sentido de nos dar tarefas, a não ser a proposta inicial na qual faríamos intervenções durante as visitas escolares, sobre mitologia e astronomia, somente a título de curiosidade. Essa proposta, descartada logo por nós, não teria como dar certo ao longo do estágio, pois, nas três semanas em que fomos até lá, não houve nenhuma visitação das escolas. Dessa forma, ficamos inviabilizados também de acompanhar a lógica seguida na exposição e a metodologia utilizada nas atividades de ensino. Inicialmente pensamos em levantar a história do local, mas nenhum material nos foi apresentado. A impressão que nos passou foi que, quando um deles conseguiu de uma forma nos encaixar, os outros profissionais ficaram despreocupados em nos integrar nas atividades do local. Talvez, até mesmo pelo fato de sermos estudantes de História e estarmos em um observatório tenha levantado dúvidas neles sobre o que poderíamos fazer.
Apesar de tudo isso, encaramos válida a experiência no sentido de que ela nos permitiu entrar em contato direto com um órgão público de divulgação científica e os problemas enfrentados por ele para se manter. Se o observatório consegue desenvolver suas atividades normalmente, com todas as dificuldades, é um mérito daqueles profissionais que realmente se importam com o seu funcionamento. Como falou um dos astrônomos durante a nossa ida essa semana, era mais fácil conseguir as coisas para lá por outras vias do que depender da burocracia municipal.
Diante da falta de atividades que pudéssemos expor no blog, decidimos então elaborar um questionário enviado para um dos responsáveis pelo Observatório. Aguardamos as suas respostas para poder postá-las aqui.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
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