domingo, 23 de dezembro de 2007

Fim do Planetário?

O ano em que o planetário completou 20 anos termina com uma notícia ruim: seus planetaristas, Cláudio e Michel, não estão mais lá. Michel foi demitido por "falta de recursos", e Cláudio saiu por não aceitar as novas condições de trabalho (ou seja, trabalharia sozinho).
Apesar disso, após uma rápida visita ao planetário antes de vir para Goiânia, descobri que ele continuará a existir, com sessões gravadas e não mais ao vivo, segundo seu coordenador, Glauco. Não sabemos como será a qualidade das sessões, mas sabemos que o tempo delas será reduzido para 40 minutos.

Eu e a Andresa fizemos o painel comemorativo para o planetário, mas quando ficamos sabendo da saída dos dois, as coisas perderam um pouco de sentido, até mesmo porque, no painel, exaltamos as características específicas dele. Agora estamos sem saber o que fazemos, se vale a pena imprimi-lo, transformá-lo, ou fazer algo com um caráter mais de denúncia (apesar de não sabermos se as sessões serão boas ou não). Talvez, esperar ano que vem seja a saída. Poderemos conferir o novo planetário. De qualquer forma, posto aqui a primeira versão do painel, e desejo que todos vocês tenham um natal repleto de alegrias, e um ano novo cheio de esperanças...

Um abraço!

sábado, 15 de dezembro de 2007

Museu da Cidade - Parte II

Nosso estágio no Museu da Cidade foi, do começo ao fim, realizado nos dias de chuva. Além do pó, acumulado por um ano e meio sem faxina, as goteiras estavam presentes em todos os momentos, formando pequenos rios e cachoeiras, que escorriam pelas paredes. Era um empurra peça daqui e de lá. O máximo esforço para não molhar nada, mas a umidade fazia seu estrago sozinha. Foi muito triste ver tantas peças se estragando com o tempo. Algumas cestas se desmancharam e vasos de cerâmica quebraram-se ao menor dos toques.

Infelizmente, as fotos que temos foram tiradas durante o nosso árduo trabalho com o acervo e, por mostrarem algumas peças, não puderam ser colocadas nesse blog.

O que mais nos sensibilizou foram as fantasia de carnaval de Carlito Maia (filho de Orosimbo Maia e grande carnavalesco) em alguns cabides, sob sacos plásticos furados e sujos, sem a proteção adequada.

Durante o estágio, eu, Laura, fiquei com o acervo do Museu Etnográfico, basicamente composto por peças indígenas – desde enfeites com rabinhos de cobras, cestas enormes e pequenininhas e até cassetetes bem assustadores.

Eu, Isabel, procurei muitas estatuetas de santos e diversos vasos de cerâmica no livro de catalogação do Museu Folclórico, que abrangia grande variedade de tipos de peça, indo de utensílios domésticos a gaiolas de pássaros.

Apesar de muita poeira – com a qual tínhamos de lidar sob máscaras e luvas (por sorte um recurso do Museu) –, não chegamos a encontrar nenhum inseto que nos atacasse, para alívio de quem pegava uma cumbuca com pó e bichinhos mortos. O Museu sofreu um processo de dedetização bem eficaz – uma das poucas medidas efetivas contra a deterioração do acervo. No entanto, mesmo assim foi possível observar inúmeras peças atacadas por cupim que, não fosse a ineficiência burocrática da prefeitura impedindo, iriam para incineração – uma vez que já não podiam ser expostas e, possivelmente, promoveriam a ocorrência de cupim em outras peças do acervo.

Como já foi explicado por Lívia e Kelly, o Museu possui diversos tipos de catalogação, o que dificultou um pouco o trabalho. O que os funcionários – a coordenadora Renata e o historiador Américo –desejavam era um projeto que criasse um sistema de catalogação unificado mas que, ao mesmo tempo, respeitasse as categorias atuais. Mas o tempo lá foi curto demais para que fizéssemos qualquer coisa além de limpar. Uma pena.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Orestes Augusto Toledo, historiador do MIS

Bom, primeiro nós queríamos nos desculpar pela demora para divulgar esta entrevista. Para que não pensem que o nosso estágio se resumiu a atividade na discoteca, realizamos o registro de uma das conversas que tivemos com alguns dos profissionais atuantes no MIS. Se trata de uma entrevista com o historiador Orestes Augusto Toledo, que também é professor do ensino médio, e que atua nos setores de História Oral e Pedagogia da Imagem e também participa da seleção dos ciclos de filmes que são exibidos gratuitamente no museu.



Entrevista realizada com o professor Orestes Augusto Toledo,historiador do MIS de Campinas do setor Imagem e Vídeo e Pedagogia da Imagem.

Primeiramente você pode nos falar sobre sua atuação, como historiador, dentro do Museu.
Orestes - O museu da Imagem e do Som é um museu histórico, então o historiador é um profissional necessário. No meu setor, por exemplo, um trabalho de história oral em vídeo é a gravação de depoimentos de pessoas, que pode ser um depoimento de história de vida por exemplo. O MIS é um museu histórico, mas o nosso suporte é o audiovisual. Evidentemente na pesquisa preparatória para a produção de um documento audiovisual entra a pesquisa historiográfica e o documento escrito. Mas o produto final, que será arquivado, que irá constituir o acervo do museu é de suporte audiovisual. A história oral é realizada aqui no museu desde os anos 80, nessa época só em audio. A partir dos anos 90 acrescentou –se o vídeo. Com a imagem há acréscimo de informações, as vezes uma expressão, um sorriso, uma pausa. Tendo a imagem você pode registrar o semblante, o gestual, informações a mais do ponto de vista histórico. Então, sendo um Museu da Imagem e do Som e sendo um museu histórico, o historiador pode trabalhar nessa área de história oral.
Incluiu-se o programa chamado pedagogia da imagem, no museu, porque constatamos que a documentação, o registro audiovisual não é apenas um conteúdo. É preciso se levar em conta a técnica que foi utilizada para fazer esse registro. Ou seja, se foi feito em película, em VHS, se foi analógico ou digital. Isso também é um registro histórico. Mas, além de ter uma informação de conteúdo, além de ter uma informação de tecnologia, há uma terceira informação. Aí entra a pedagogia da imagem, que é a questão mais complexa, estética que é o olhar de quem filma.
Por isso, o museu entrou nessa discussão da pedagogia da imagem, uma discussão sobre a alfabetização audiovisual, discutir não só o conteúdo, não só o suporte material, mas discutir algo que está no olhar subjetivo de quem filma.
O Mis trabalha com outros profissionais, um museólogo, outros historiadores, profissionais de publicidade e propaganda, radio e tv. Ficamos e estamos ainda com muita dificuldade de produção audiovisual porque o nosso equipamento está em reparo. Estamos sem a ilha de edição. Sendo assim, o setor de história oral em vídeo está funcionando de maneira precária.


Sobre o setor de história oral, como são escolhidos os entrevistados? O Museu tem uma linha especifica e a partir desta escolhe os entrevistados? As entrevistas são um depoimento de vida ou são direcionadas?
Orestes - Esse setor de história oral em vídeo, tem 2 programas permanentes. Um é o registro das atividades culturais que acontecem na cidade, quando algum evento acontece nós vamos até lá e filmamos. Temos também um programa de ação permanente que chamamos Memória das Lutas Sociais em Campinas, cujo o critério de escolha dos entrevistados vai desde a faixa etária avançada até o papel protagonista que eles tiveram na organização do movimento sindical, grandes acontecimentos históricos que repercutiram em Campinas. Os porta-vozes das lutas que aconteceram em Campinas.
Em história temática nós fizemos um trabalho que é a História da Construção, Funcionamento e demolição do teatro Carlos Gomes. Nós entrevistamos desde o pedreiro até a equipe de arquitetos e engenheiros que assinaram o laudo técnico para a derrubada do teatro.
Nós temos também um material de história de vida, grande parte de pessoas falecidas.



Com relação aos diálogos estabelecidos entre os museus e o poder público, ou seja, a questão das verbas tanto para o funcionamento do museu quanto para o financiamento dos projetos, você acha que a população pode exercer pressão em relação ao aumento de verbas?
Orestes - Não é só o fato de haver muita ou pouca verba, eu acho que o maior problema é ele não ter uma dotação orçamentária própria efetiva, real. E não ser discutido com a própria equipe do museu sobre o que fazer com esse dinheiro. Como toda a necessidade material de manutenção e de projetos envolve custos, é difícil administrar a manutenção do museu e o seu funcionamento, sem ter uma dotação orçamentária própria. Assim, fica sempre ao “deus dará”. Nunca se sabe quanto dinheiro vai ser gasto ou não, e ouvindo sim ou ouvindo não, .o museu não tem o que discutir, o que dialogoar porque não tem uma dotação orçamentária própria. Não há planejamento.

Luciana, Pâmela, Vivian e Soraia.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Fotos da sala de exibição







Essas fotos são do espaço interno do que será futuramente (esperamos que em breve) a nova sala de exibição do museu. Infelizmente, no momento a obra se encontra parada. A conclusão desta sala é de grande importância, pois tornará a exibição dos ciclos de filmes, que ocorre em todos os finais de semana, mais confortável aos espectadores; e o aumento do espaço também pode trazer mais freqüentadores.
Luciana, Soraia, Pâmela e Vivian.



Fotos da situação do acervo










Infelizmente a maior parte do acervo do museu se encontra deste modo, sem local apropriado, sem classificação. Mas é importante ressaltar o esforço de alguns funcionários (como os do setor de fotografia) que estão se esforçando para organizar o acervo.
Luciana, Vivian, Soraia e Pâmela.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Foto #1 - As grades do prédio principal do Palácio da Mogiana, com as iniciais CM (Companhia Mogiana)
Foto #2 - Detalhes do segundo pavimento do prédio principal. Quem tiver boa visão verá as iniciais CM gravadas nos vidros jateados.




Foto #3 - Bom... acho que dispensa comentários sobre a ausência de preservação no Palácio da Mogiana



Foto #4 - Vista da torre do lado esquerdo. Havia uma igual do lado direito do prédio principal, mas foi demolida na ampliação da Av. Campos Sales. Essa porta de madeira é linda, acompanha a envergadura da esquina.




Bom, galera, como já foi postado quase tudo aqui sobre o CONDEPACC/CSPC, inclusive fotos simpáticas do trabalho lá, posto, por enquanto, algumas fotos (bem mal batidas, mas isso não vem ao caso) do Palácio da Mogiana, edificação da qual fiquei encarregada de estudar.

Aproveito também para dizer do descaso da prefeitura a respeito da restauração do Palácio, que é muito rico em detalhes e merecia mais atenção por ser um símbolo da opulência cafeeira, além de ser um exemplar arquitetônico que se diferencia de todo o seu redor.

Abraços a todos;
Marcela Fernandes!
















































































terça-feira, 4 de dezembro de 2007

antes tarde...

Já que todos já conhecem o CONDEPACC e a Flávia e o Fernando já descreveram as atividades que realizamos no CONDEPACC/CSPC, posto algumas fotos dos "bastidores", que também servem para comprovar nossa presença assídua no estagio. As duas primeiras fotos foram tiradas no CSPC, quando eu testava minha camêra para fotografar as plantas do processo de tombamento de apenas 3 pequeninos volumes que eu, muito sabiamente, escolhi.





Fabriscio demonstrando toda sua empolgação com a pesquisa e aproveitando para fazer propaganda do UPA no centro de Campinas.








Bianca, após horas debruçada sobre processos de tombamento, flagrada em um momento de pausa para o cochilo...








Uma das fotos que tirei do Colégio Culto à Ciência. Não sei se vai dar para ver, mas no canto direito sairam, por engano, a Marcela e a Paula, a arquiteta que nos auxiliou na visita que fizemos.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Preparar para decolagem: 10, 9, 8, 7... As sessões do PLANETÁRIO!

Fachada do Planetário de Campinas: Taquaral


Placa de Fundação: 20 anos!

"Por favor, desliguem o celular, qualquer luz pode atrapalhar a apresentação. Se tiver tênis de luzinhas, retirem o tênis! É muito importante que fiquem em silêncio. Antes de entrar na sala, joguem o chiclete no lixo à sua direita, por favor! Vamos colaborar com o Planetário!” Nós acompanhamos, nas últimas semanas, diversas sessões no planetário. Já praticamente decoramos os avisos iniciais e a sessão em si. Após as informações dadas e o controle (parcial) da turma de alunos, estamos prontos para adentrar na sala fria e escura que nos aguarda.

Entrada para o Planetário:
A sala do planetário é semelhante a uma cúpula. As cadeiras posicionadas de acordo com o círculo da sala, e no meio dela, se encontra o verdadeiro planetário. Planetário: equipamento que simula o céu, sobretudo noturno, em qualquer latitude/longitude e em qualquer data. O Planetário de Campinas simula o céu de acordo com a data atual e a latitude e longitude da cidade, ou seja, todos os dias Cláudio e Michel atualizam a apresentação fazendo pequenas alterações de posição do céu estrelado. É um dos poucos planetários brasileiros que se preocupam com isso.


Os condutores do Planetário: Cláudio e Michel


Devido a gases de nossa atmosfera, a poluição, e as luzes das cidades, nós não conseguimos ver a luz de todas as estrelas no céu. Mas aqui no Planetário, tudo é diferente! Aqui, nós podemos ignorar as luzes da cidade e afastar todas as nuvens. Vejam!” (Música: 2001: Odisséia no Espaço – Nuvens se afastam até o céu ficar completamente límpido e cheio de estrelas).
A reação das crianças nesse momento é incrível. Quanto menor a criança, melhor a reação: “Oohh!! Que lindo!! NOSSA!”. É realmente sensacional, a sensação é de fato de estar olhando um céu verdadeiro. A apresentação do Planetário de Campinas também se diferencia por ser ao vivo, e não apenas uma gravação, como ocorre em outros planetários. Enquanto um fala sobre o espaço, comentando sobre constelações, estrelas, planetas, o outro coordena a diversa trilha sonora. Cláudio e Michel sempre alternam esses papéis. Detalhe: apesar da cabine de comando dispor de luzes especiais, eles comandam tudo, desde o planetário até as trocas de música, em um breu total, já se acostumaram a fazer tudo no escuro.
Vejam essas estrelas, elas parecem formar um grande anzol ou até mesmo uma letra "S". Essas estrelas formam a constelação de um animal, um animal muito conhecido por todos nós. Até mesmo o ferrão deste animal, no final de sua cauda, é representado por estas duas estrelas mais brilhantes. Muitos de vocês já adivinharam de quem estamos falando. Para os que ainda não sabem, o planetário pode nos ajudar. (Pouco a pouco, um desenho, por cima das estrelas começa a aparecer lentamente, até se tornar bem nítido e vivo: um escorpião) Esta é a Constelação do Escorpião.” Esse é um dos momentos mais bonitos da sessão, a formação da constelação. Com o passar dos meses, muda-se a constelação apresentada devido ao movimento natural da Terra. Infelizmente nós só tivemos a oportunidade de ver a constelação de escorpião, se não estamos enganadas, a próxima seria a constelação de Leão! A foto aqui postada é mera ilustração...
A sessão também dá direito a uma viagem espacial. Depois da contagem regressiva para o lançamento, as estrelas começam a rodar, a música fica mais animada, e de repente, temos a impressão de que é a sala inteira que está rodando. É normal ficar tonto. Na viagem vamos até planetas mais distantes, como Marte, Júpiter e Saturno, até voltarmos ao planeta Terra. No final ainda passamos por um grande susto, mas essa parte não contaremos, para não estragar a surpresa, caso alguns de vocês tenham a oportunidade de assistir uma sessão.
O repertório do planetário não se limita apenas a essas sessões. Acompanhamos também uma aula de astrometria para o pessoal de engenharia civil da Unicamp, que é um ramo da astronomia que lida com a posição das estrelas e outros corpos celestiais, suas distâncias e movimentos. Foi ela a responsável pela descoberta de maneiras de medir a passagem do tempo, originando os primeiros relógios da humanidade: os relógios de sol, que ainda estão em uso.

Irma e Gláucia no saguão de entrada: O planetário também dispõe de auditório para sessões mais longas e explicativas. Acompanhamos uma apresentação sobre O Sistema Solar, para uma turma de Ensino Médio, muito interessante, em que os alunos conseguiram ter uma melhor noção da dimensão da velocidade da luz, ou da velocidade diversa dos planetas em suas órbitas.
Antigamente (há cinco anos atrás), a variedade das sessões do planetário era muito maior. Existiam palestras sobre Cometas, Eclipses, Órbitas, Cinturão de Asteróides, A Conquista do Espaço, Origem e Futuro do Espaço... Cursos sobre Astronomia Esférica, As Treze Constelações do Zodíaco, A Busca de vida inteligente Extra Terrestre, dentre outros. (informações retiradas dos relatórios de atividades dos anos anteriores). Hoje, com o menor número de funcionários, isso se torna impraticável.
Lavínia e Gláucia no escritório do Planetário:

Nas últimas semanas, tiramos fotos, tanto do planetário e sua equipe quanto do Espaço-Escola e seus laboratórios abandonados, acompanhamos sessões, conversamos bastante com o Cláudio e Michel que nos disponibilizaram documentos do Planetário e duas teses sobre o MDCC para um melhor conhecimento da história do Museu. Planejaremos, a partir daí, a elaboração de um painel sobre a história do Planetário e sua importância, além do relatório final que será encaminhado para a Renata e para diversos CA’s da Unicamp. Tal relatório não será muito diferente dos posts publicados aqui. Até mais!

Fotos do Museu da Cidade


Placa na entrada do museu sobre o prédio onde se encontra instalado o Museu da cidade. Este pra quem não sabe foi uma antiga fábrica de produtos agricolas
















Livia na frente do museu, só pudemos tirar foto do prédio...




Não queria ter colocado essa foto mas já que a Lívia insiste rsrs...bom não mudamos muito a posição rsrs



E esta é a foto do prédio... tirada da esquina...


Sabemos que não variamos muitos as fotos e que também seria bem interessante vocês verem fotos do acervo, mas nos foi "aconselhado" a não tira-las...porém resolvemos mesmo assim publicar as do prédio porque ele é bem legal apesar da necessidade- urgente!!- de uma reforma. Já que não pudemos tirar fotos do acervo aconselhamos a ir nas exposições do museu porque compensa bastante ir lá ver!!!

Por keiko e Lívia

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Estágio no Macc - So long and thanks for all the fish!

Arrumando os armários
desmontagem da exposição
montagem da sala do júri


Nessas duas últimas semanas não conseguimos convencer o Fernando a nps delegar qualquer função mais técnica dentro do museu, como a catalogação e verificação do acervo. Nos limitamos à nossa querida salinha e outras atividades usuais. Entrettanto, pudemos presenciar dois momentos significativos pro museu: o primeiro foi a seleção para o 14º Salão de Arte Contemporânea que ocorrerá no mês de Dezembro. O museu recebeu inscrições de todas as partes, realizou uma pré-seleção e no dia 19 um júri visitou o museu para selecionar os 30 artistas que serão expostos. Desses 30, os 10 melhores ganharão um prêmio em dinheiro. O segundo momento foi a desmontagem da exposição de Aldemir Martins e os trâmites referentes à esta.
Na última segunda feira, auxiliamos Fernando a transferir 2 armários (literalmente) e seu conteúdo (folders, panfletos de exposições passadas e outros materiais) de sua sala para a do acervo. Nesse dia, Fernando tinha ido embora mais cedo, então não pudemos nos despedir dele pessoalmente, então deixamos um bilhete em sua mesa.
Apesar de não termos nos envolvido em nada mais técnico, a experiência no museu foi proveitosa pois pudemos presenciar seus trâmites burocráticos, as dificuldades vividas por seus funcionários e períodos mais complicados como montagem e desmontagem de exposições e o quão prejudicial é a falta de verba em instituições públicas, dentre outras. Segue abaixo uma breve entrevista que fizemos com Fernando em nosso último dia de estadia.

1) A QUANTO TEMPO TRABALHA NO MACC?
8 anos, 6 como produtor cultural e posteriormente como chefe de setor.

2) QUAIS SÃO SUAS FUNÇÕES NESTA INSTITUIÇÃO?
Além das de chefe de setor (burocracia, papel de chefe), de curador de algumas exposições (museus não possuem um diretor).

3) QUAIS ERAM AS SUAS EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO A ESSE ESTÁGIO?
Estagiários são importantes para que as pessoas entendam como funciona um museu, além de ser uma possibilidade de ajudar efetivamente quem se encontra envolvido no meio universitário com esse tema.

4) ELAS SE CONCRETIZARAM?
Sim, já que os estagiários que recebemos se envolveram no que foi possível nas partes práticas e trouxeram projetos e idéias para melhorias no museu.

5) NOTAMOS NAS ÚLTIMAS SEMANAS QUE O MUSEU POSSUI PROBLEMAS DE VERBA, POR EXEMPLO A FALTA DE SALAS CLIMATIZADAS E A CONSERVAÇÃO DO ACERVO. COMO VOCÊS LIDAM COM ISSO? QUAL A IMPORTÂNCIA DE UM INCENTIVO FINANCEIRO MAIOR?
Com um maior incentivo financeiro seria possível equipar melhor o museu para melhor conversar as obras, além de, quem sabe, conseguir um espaço maior para as exposições. Procuramos lidar com a falta de verbas administrando a que recebemos da melhor forma possível.

6) QUAIS SÃO OS PONTOS FORTES DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA EM RELAÇÃO AOS OUTROS DA CIDADE?
Nosso museu tem uma produção de material contínua, além de ter a oportunidade de trabalhar de forma direta com a história da arte. Também destacamos o trablho com as visitas escolares e os eventos produzidos, como o salão de arte.

7) A ABERTURA DO MACC PARA VISITAS ESCOLARES SERVE DE INCENTIVO?
Com as visitas escolares, temos a oportunidade de quebrar a idéia de que a arte é algo pronto e acabado, já que crianças, nesses casos, são mais fáceis de lidar. Nos tempos atuais, como a carga visual que as pessoas recebem é maior do que as de antigamente, fica mais fácil quebrar convenções.



quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Museu da Cidade

Após conversar com a cordenadora do Museu da Cidade, Renata, ela nos propôs, primeiramente, fazer a limpeza do acervo e a localização das peças de acordo com o livro de tombamento. Infelizmente não podemos cumprir a primeira parte da proposta porque não havia recusos, ou seja, não havia material disponível para tal. A segunda parte foi necessária porque devida a situação precária em que se econtravam, eles haviam sido assaltados e perdido todaa catalogação que estava nos computadores roubados. Assim, nosso trabalho foi, basicamente, conferir junto a um livro de registros a localização dos objetos em seus devidos lugares e se conferiam o seu número de registro. O historiador do museu, Américo, lamentou pelo pouco tempo de estágio, pois não houve tempo de preparar uma atividade mais complacente aos objetivos do próprio estágio.

Talvez uma atividade elaborada com certa antecedência tivesse sido mais proveitosa, porém estamos de acordo de que ter entrado em contato com o acervo do museu também não foi de todo mal. Gostamos de conhecer um pouco da história do museu o qual possui três acervos: museu histórico, museu folclórico e museu etnográfico. Trabalhamos essencialmente com o primeiro deles. Tivemos alguma dificuldade devido ao tipo de catalogação, pois muitas peças tinham RG que não batiam com o livro de registro que utilizamos, outras que não tinham descrição da peça e muitas que estavam sem tombamento.

O que mais lamentamos foi de ver a situação a qual se encontram o acervo e o próprio museu. As peças não tem conservação, não há higienização e o pior mesmo é o estado do prédio do museu. O telhado está cheio de goteiras que destroem as peças, pois estas não tem proteção nenhuma. Devida a má conservação do prédio presenciamos uma situação ao mesmo tempo cômica e lamentável. Um dia que chegamos para trabalhar um gato, que estava morando lá escondido, destruiu um leque do século XIX. Achamos que esse episódio ilustra em parte o descaso para com o museu.

Infelizmente as quatro semanas passaram. Ajudamos no que pudemos. E esperamos que essa situação mude. Para nossa experiência foi agradável. Fomos muito bem tratadas e tivemos todo o acompanhamento que precisava-mos por parte dos funcionários.

Por Lívia e Keiko

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Observatório Jean Nicolini II

Após a nossa última semana de estágio – se que se resumiu a três idas ao Observatório, já que a chuva resolveu não colaborar – optamos por fazer um balanço de toda a experiência.
O que nos incomodou na experiência toda foi a falta de iniciativa dos profissionais do local em nos envolver nas atividades do Observatório. Talvez, pelo fato de que as pessoas que lá trabalham já estarem extremamente envolvidas nas pesquisas e atividades que dependem inteiramente deles para poderem ser desenvolvidas. Assim, enquanto estagiários, passamos boa parte das nossas três tardes e noites sem ter realmente muito que fazer. Até mesmo a pesquisa que nos foi pedida, não teve o respaldo esperado: o astrônomo responsável pela proposta não apareceu mais nenhum dos outros dias para acompanhar o desenvolvimento da atividade ou para discutir a maneira como ela deveria ser feita. Quanto aos outros astrônomos, deles não partiram nenhuma iniciativa no sentido de nos dar tarefas, a não ser a proposta inicial na qual faríamos intervenções durante as visitas escolares, sobre mitologia e astronomia, somente a título de curiosidade. Essa proposta, descartada logo por nós, não teria como dar certo ao longo do estágio, pois, nas três semanas em que fomos até lá, não houve nenhuma visitação das escolas. Dessa forma, ficamos inviabilizados também de acompanhar a lógica seguida na exposição e a metodologia utilizada nas atividades de ensino. Inicialmente pensamos em levantar a história do local, mas nenhum material nos foi apresentado. A impressão que nos passou foi que, quando um deles conseguiu de uma forma nos encaixar, os outros profissionais ficaram despreocupados em nos integrar nas atividades do local. Talvez, até mesmo pelo fato de sermos estudantes de História e estarmos em um observatório tenha levantado dúvidas neles sobre o que poderíamos fazer.
Apesar de tudo isso, encaramos válida a experiência no sentido de que ela nos permitiu entrar em contato direto com um órgão público de divulgação científica e os problemas enfrentados por ele para se manter. Se o observatório consegue desenvolver suas atividades normalmente, com todas as dificuldades, é um mérito daqueles profissionais que realmente se importam com o seu funcionamento. Como falou um dos astrônomos durante a nossa ida essa semana, era mais fácil conseguir as coisas para lá por outras vias do que depender da burocracia municipal.
Diante da falta de atividades que pudéssemos expor no blog, decidimos então elaborar um questionário enviado para um dos responsáveis pelo Observatório. Aguardamos as suas respostas para poder postá-las aqui.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Experiência no Museu do Café - Dinah e Natália

Desde que chegamos, fomos muito bem recebidas por todos os funcionários, especialmente pela diretora do museu, Rosângela da Silva, que logo nos apresentou a história tanto da Fazenda do Taquaral, como do próprio museu. Nós conhecemos todo o local, que contém, além do Museu do Café, o Instituto Brasileiro do Café, Arquivo Público Municipal e o Espaço Permanente de Artesanato.
Após isso, tivemos um primeiro contato com o acervo do museu e pudemos realizar uma atividade de reconhecimento das peças presentes no inventário. Pudemos constatar que a grande maioria das mesmas não se encontra mais no museu, e, de acordo com o relato dos funcionários, foram transferidas para outros museus da cidade e/ou perdidas.
No segundo dia do estágio tivemos contato com a responsável pela atual exposição, denominada “Cafeicultura em Campinas: trabalho escravo e imigrante”, Maristela de Camargo. Ela nos explicou a concepção dessa temática, pautada na importância dos trabalhadores, tanto negros como imigrantes, para a produção da riqueza gerada pelo café e controlada pelos barões, sem focar tanto nas questões tradicionais da violência e da escravidão. Ela nos mostrou alguns de seus projetos e palestras, já que ela é especialista em museologia, e também compartilhou conosco as idéias da futura exposição que será feita no museu. Realizamos interessante atividade quando pudemos elaborar, em teoria, idéias para uma possível exposição com os objetos disponíveis no acervo. Pensamos em montar uma sala de jantar, onde estaria posta uma mesa de café colonial, em que também estivessem presentes instrumentos referentes à produção do café. Desse modo, criaríamos um espaço em que objetos referentes à elite da época estariam mesclados com ferramentas e utensílios dos trabalhadores, de modo que o café aparecesse como elemento de ligação, e presente na realidade tanto do senhor e sua família, quanto do escravo e/ou do imigrante.
Também pudemos entender o funcionamento burocrático da administração do Museu com a funcionária Carla, que foi muito simpática e permitiu que nós tomássemos contato com os papéis referentes a várias das atividades e funcionários do local. O trabalho dela é bastante minucioso e exige grande responsabilidade, já que ela realiza toda a intermediação entre o museu e a prefeitura da cidade. Exemplo de documentos que vimos foi a requisição de escolas para visitação no museu, como também a documentação necessária para fazer o pedido de férias dos funcionários.
Outra atividade realizada foi a de fotografar alguns objetos e peças do museu para a possível exposição que pensamos anteriormente. Infelizmente, o curto tempo do estágio não permitiu que aprofundássemos esse pequeno projeto, mas algumas das imagens estão registradas abaixo:


Peças de Prataria



Mesa de café colonial (Peças do Aparelho de Jantar de Cristal Bico de Jaca)

Alguns objetos decoração: Pinha de louça e Prato de porcelana portugueses; Imagem de Nossa Senhora


Peças relacionadas à produção e consumo do café


Cristaleira
Também tivemos um rápido contato com a atividade da recepcionista, Rosana. O trabalho dela exige carisma e simpatia, além de paciência e atenção para lidar com o público, que em média é de 500 a 600 visitantes por mês. Ela também orienta as pessoas para que não toquem nos objetos, não entrem sem camisa, portando alimentos; enfim, as regras básicas do bom comportamento esperado no museu. É importante mencionar que o Museu do Café, diferentemente de outros locais, permite que os visitantes fotografem a exposição, tanto que em um dos dias havia uma representante do jornal “Diário do Povo” que foi tirar algumas fotos.
Outro interessante contato que tivemos foi com a historiadora/pesquisadora que trabalha no museu, Sonia. Ela nos levou ao Arquivo Municipal e nos deixou ajudá-la com sua atual pesquisa, em que ela está levantando fontes sobre a história da Fazenda Taquaral. No arquivo, também pudemos ver alguns documentos da cidade, antigos e outros mais recentes, além de conhecer a responsável pela organização do acervo, que foi muito atenciosa e nos disse que muitos estudantes da Unicamp freqüentam o local para realizar suas pesquisas.
É também importante destacar a qualidade da limpeza do local, a cargo da funcionária Madalena, o que nos chamou muita atenção, pois sempre que fomos ao estágio, o Museu se encontrava em ótimas condições, em todas as suas dependências. Também o senhor responsável pela segurança sempre foi muito atencioso conosco. O ambiente de trabalho é muito agradável, pelo pouco tempo que estivemos presentes.
O gabinete temático do prefeito montado dentro do Museu é utilizado quando ocorrem reuniões com pessoas importantes, como ministros, governador, outros prefeitos. É um espaço que se relaciona historicamente com a temática do museu através da sua ligação com o desenvolvimento ferroviário da cidade, e alguns de seus móveis são originais de antigas ferrovias da região. Abaixo seguem algumas imagens:



Gabinete Temático do Prefeito

Após essa curta, porém enriquecedora experiência, chegamos a conclusão de que foi muito positiva, especialmente pelo contato com profissionais competentes e atenciosos, que nos auxiliaram a entender a lógica e o funcionamento do museu, e assim abranger nossas opções no futuro exercício da profissão de historiador.


Fachada do Museu do Café
No acervo

*** Histórico Museu do Café

O Museu do Café, órgão do Departamento de Turismo e GT Memória, da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Prefeitura de Campinas, foi inaugurado em 19 de dezembro de 1996, durante a gestão do prefeito Francisco Amaral. Seu principal objetivo é resgatar, difundir e preservar a memória do período cafeeiro em Campinas.
O prédio no qual está instalado o museu é uma cópia não-fiel, construída em 1972, da antiga casa sede da Fazenda Taquaral, durante a existência do Instituto Brasileiro do Café – extinto em 1991, durante o governo Collor de Melo. Assim, a área foi cedida ao município de Campinas, para que a mesma passasse a administrá-la.
A referida fazenda teve como seu primeiro proprietário Barreto Leme, o fundador de Campinas. Em seus primeiros anos, ela produzia apenas agricultura de subsistência e cana de açúcar para a produção de aguardente. Posteriormente, a fazenda passa a pertencer a Francisco de Paula Bueno e começa a contar com um verdadeiro engenho, produzindo grande quantidade de açúcar. O cultivo do café se inicia durante o auge da produção açucareira no estado e vai aos poucos tomando seu lugar. Já no início do século XX, a fazenda aparece dividida em várias propriedades.
Na alvorada dos anos 60, as terras da fazenda foram confiscadas pela União e passam a pertencer ao IBC. Em 1968, um arquiteto italiano é contratado para o restauro do casarão, que não chegou a se concretizar, sendo então demolido e reconstruído com algumas modificações. A senzala e as alcovas, por exemplo, foram transformadas em suítes. Segundo consta, a casa sede foi transformada em uma espécie de hospedaria para o alto escalão do Ministério da Agricultura.
O Museu do Café apenas passou a existir de fato no dia 19 de Dezembro de 1996, quando a Prefeitura Municipal de Campinas abre sua exposição inaugural. A sua instalação selou o acordo de comodato que transferia o lago do Café para a municipalidade, cujo primeiro acordo celebrava um comodato de 99 anos, prorrogável por mais 99 anos. Anos depois a transferência foi homologada como definitiva.
Entretanto, desde sua instalação, o Museu do Café vinha amargando uma série de problemas relacionados a sua infra-estrutura elétrica e hidráulica e nos telhados. O prédio deixou de receber atenção por parte da administração municipal, o que possibilitou sua deterioração em um espaço temporal relativamente curto, pois as medidas tomadas pelo departamento responsável pelos reparos, foram todas paliativas.
Durante a gestão do ex-Prefeito Dr. Francisco Amaral (1997 a 2000) parte da área expositiva do Museu do Café, destinada às exposições temporárias, sofreu alterações para que fosse transformada em gabinete do então Senhor Prefeito.
Já em 2001, com a posse do Prefeito Antonio Costa Santos, foi possível resgatar as áreas ocupadas pela administração anterior, para uso como gabinete, e tentar remontar a exposição inaugural, já pensando um novo projeto museográfico para o Museu, entretanto em virtude das infiltrações existentes na área ocupada pelo ex-prefeito a remontagem não foi possível.
Em 2002, sob nova coordenação o Museu do Café passou por um período de cinco meses em que esteve fechado ao público. Optou-se por encerrar o contrato de comodato com o Centro de Memória da Unicamp, em virtude de não existir condições de conservação dos acervos, tanto do Centro de Memória, quanto do próprio Museu. Eram muitas as infiltrações e goteiras, o que forçou a coordenação a interromper a visitação uma vez que não havia condições dignas de atendimento ao público. Neste período buscava-se, mais uma vez, uma alternativa para a reforma do Museu.
Quando a coordenação pensava em buscar recursos junto à iniciativa privada, recebeu uma proposta de parceria, onde o Campinas Décor, realizaria sua mostra anual nas dependências do Museu do Café e em contrapartida entregaria todos os espaços recuperados, incluindo-se parte elétrica, hidráulica e cobertura de telhados que seriam totalmente refeitas.
Todos os espaços projetados foram elaborados visando sua utilização futura no Museu do Café, ou seja, para que ao final da mostra os expositores tivessem que fazer o mínimo de alterações possíveis. Um exemplo são os sanitários que foram adaptados para poder atender ao público portador de necessidades especiais; a lavanderia que posteriormente seria utilizada como sala de conservação e o home theater que transformou-se em auditório.
Ao final da mostra, o Museu do Café ganhou, além das áreas que já existiam recuperadas, mais três quatro espaços externos: um salão de eventos, um espaço para oficinas, uma cafeteria e um espaço para exposições temporárias.
Em setembro de 2003, o Museu do Café foi reaberto ao público com a exposição de longa duração “Cafeicultura em Campinas: o trabalho escravo e o trabalho imigrante”. Presente até os dias de hoje.



sábado, 24 de novembro de 2007

Museu de História Natural

Seguem algumas informações acerca das atividades realizadas no Museu de História Natural (MHN), pelos estudantes Adriano Bonotto e Thiago Ribeiro.

O MHN localiza-se no Bosque dos Jequitibás, tendo sua área tombada (já se circunscreve no interior do próprio bosque) pelo CONDEPHAAT (1970) e pelo CONDEPACC (1991). Além do museu propriamente dito, é formado pelo Aquário Municipal, pela “Casa dos Animais Interessantes” e por um Centro de Educação Ambiental. Consta com um acervo de cerca de 2000 peças, e recebe em média 100 mil visitas por ano.

1ª Semana

26/10. Primeiramente conversamos com os responsáveis pela coordenação de nossas atividades, Flavio Jorge Abrão e Denise Soares Polydoro Coutinho, que perguntaram quanto à nossa proposta inicial de atividade. Nossa idéia básica era realizar uma análise da constituição museológica do espaço, da maneira como era apresentado o discurso cientifico e como este era recebido (percebido), em termos gerais, pelo público, particularmente no que diz respeito à historicidade tanto do discurso científico (teoria da evolução em particular) quanto da taxonomia e filogenia.

Contudo, mal foi apresentada a proposta, os responsáveis pelo museu, assim como outra funcionária, Isabel Pagano, propuseram outra atividade. Como o museu comemorará 70 anos em 2008, pensaram que seria interessante tentar realizar um levantamento histórico do próprio museu em sua relação com o bosque – já que nunca algo do gênero foi realizado, e toda contribuição poderia ser significativa, já que em geral os funcionários são biólogos (somente uma das funcionárias é especializada na área de patrimônio).

Esta proposta pareceu-nos muito mais frutífera, tanto por abandonar a aparência por vezes estéril da proposta anterior, quanto por se tratar – e isto era o mais importante - de algo que contribuiria não apenas para os estagiários, mas para o museu propriamente dito.

Por fim, tratamos de combinar com os responsáveis o prosseguimento de nossas atividades, que ficariam circunscritas basicamente ao arquivo do MHN, ao CONDEPAAC e ao Arquivo Histórico Municipal.

2ª Semana

31/10. Começamos trabalhando com a documentação do próprio MHN. Foram lidos diversos documentos, em geral da caráter administrativo e/ou burocrático, como os documentos do Projeto de Reforma do Museu, um modelo de questionário voltado para o público infantil no período de férias, dados orçamentários, plano de planta do museu, notícias de jornais, livros de registro do acervo, etc.

3ª Semana

05/11 e 09/11. Fomos ao CONDEPAAC trabalhar com documentação referente ao processo de tombamento do Bosque dos Jequitibás (e portanto do próprio museu), além de notícias de jornais. Na mesma semana, voltamos ao MHN e continuamos a trabalhar com a documentação do local.

4ª Semana

13/11. Trabalhamos com documentação no Arquivo Histórico Municipal, basicamente os relatórios anuais dos serviços realizados pela prefeitura, além de uma dissertação de mestrado que tratava do Bosque dos Jequitibás.

5ª Semana

22/11. Continuamos o trabalho com os relatórios e com a dissertação. Tristemente, fomos informados que o arquivo havia recebido a pouco tempo, uma boa quantidade de documentação da Secretaria Municipal de Cultura (órgão ao qual o MHN está vinculado), mas como está totalmente fora de ordem, ainda não havia disponibilidade de consulta.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Museu de Arte Contemporânea (Macc) - Primeiras Impressões

as crianças na monitoria



A enorme biblioteca



Ao chegarmos no Macc no primeiro dia de estágio, Fernando, diretor do museu - que ocupa também o cargo de curador das exposições - nos recebeu e apresentou a exposição do pintor cearense Aldemir Martins (esta acontece até o dia 25 de Novembro e vale muito uma visita informal!), nos explicando seu trabalho como curador desde a aquisição das peças até a montagem final das exposições. Fernando nos "convidou" a analisar algumas das gravuras para que pudéssemos compreender os sentimentos que a arte transmite ao seu observador. Após essa experiência, mostrou-nos a parte administrativa, o que inclui uma pequena biblioteca com meia dúzia de livros mal cuidados e distribuídos, alguns soltando as páginas em prateleiras empoeiradas, abrigadas em uma pequena biblioteca de espaço, se muito, 2m x 2m, com uma mesa e 2 cadeiras (esse espaço acabou se transformando em nossa morada dentro do museu pelas 2 semanas seguintes). Até mesmo uma pequena barata morta foi encontrada e carinhosamente apelidada de Joe.
Além disso, vimos a parte do acervo, que nos pareceu ser tão bem cuidado quanto a biblioteca. Por falta de verba, esse espaço não possui os pré-requisitos adequados para a conservação de suas 600 peças. Inclusive, quando Fernando tirou um dos quadros no lugar para nos mostrar, ficamos com medo de que o quadro pudesse quebrar ao meio. A falta de verba afeta todas as instãncias do museu, desde a impossibilidade de salas climatizadas (há apenas uma no espaço de exposição) até a contratação de monitores. Segundo Fernando, antigamente haviam monitores fixos que acompanhavam as visitas escolares, e o museu contava inclusive com um espaço para oficinas de arte. Com a mudança de diretriz da prefeitura, essas atividades tornaram-se inexistentes.

Apesar de cumprirmos pouco mais de 8 horas por semana, segundo o próprio Fernando, o tempo total de estágio era pouco para que pudéssemos desenvolver plenamente qualquer atividade mais técnica. Portanto na primeira semana de estágio, fomos encarregadas de ler alguns livros da extensa biblioteca. Na segunda semana, decidimos nos envolver também com o trabalho de monitoria escolar. Essas por vezes foram frustrantes, como quando recebemos 40 alunos de oitava série que não ewstavam nada interessados na exposição. Em outras, foram gratificantes, como a vez que vieram uns 60 alunos de segunda série que pareciam deslumbrados em meio a tantas obras coloridas (característica das obras de Aldemir Martins).
No momento, lutamos para que Fernando nos permita participar mais ativamente nas 2 últimas semanas, se não catalogando o acervo, pelo menos averiguando o que este possui.





Mariana Marangoni e Mareska



segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Avaliação e sugestões

Quem seguiu a discussão no texto do Fernando viu que há uma demanda com sugestões para a disciplina e avaliações sobre as atividades da HH690. Portanto, trata-se de uma análise global da disciplina: do UPA até aqui.
Fiquem à vontade para tecer seus comentários e contribuir para o aperfeiçoamento da proposta.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Foto do MIS VI















Murau com os artistas de Campinas...

Pâmela, Luciana, Soraia e Vivian.

Foto do MIS V















Projetor de 35mm da década de 30.
Obs: Faz parte da exposiçao permanente.

Pâmela, Luciana, Soraia e Vivian.