quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Foto do MIS VI















Murau com os artistas de Campinas...

Pâmela, Luciana, Soraia e Vivian.

Foto do MIS V















Projetor de 35mm da década de 30.
Obs: Faz parte da exposiçao permanente.

Pâmela, Luciana, Soraia e Vivian.

Foto do MIS IV















Higienização dos discos - Passo-a-passo:
1) Pega um pequeno pedaço de algodão e molha na água.
2) Passa no disco fazendo movimentos circulares...de maneira cuidadosa.
3) Coloca no escorredor e espera secar.
rsrsrs.

Pâmela, Luciana, Soraia e Vivian.

Foto do MIS III
















Agora sim...um pouco mais do acervo! Não se preocupem porque tem muito mais!!

Pâmela, Luciana, Soraia e Vivian.

Foto do MIS II















Essa foto foi tirada na discoteca...dá para ver um pouco o acervo!

Pâmela, Luciana, Soraia e Vivian.

Foto do MIS I















É...a foto não ficou muito boa, hehe. Na verdade ficou péssima.
De qulaquer forma, apresentamos o pátio interno do MIS!

Pâmela, Luciana, Soraia e Vivian.

A hora e a vez do MIS

Esse relato tem por objetivo contar, mesmo que brevemente, as nossas experiências no MIS - Museu da Imagem e Som, bem como mostrar um pouco do seu funcionamento. O MIS foi fundado em 1975 e, desde então, vem captando, organizando, preservando e divulgando registros iconográficos que documentam a história social e cultural de Campinas. Além destes registros, possui um acervo tecnológico, constituído por equipamentos exemplares do desenvolvimento e do uso da tecnologia audiovisual.
Em 2004, o MIS ganhou sede própria no Palácio dos Azulejos, iniciando uma nova fase de planejamento em relação aos acervos e desenvolvimentos de programas e projetos e fortalecimento de comunicação com o público.
Nos últimos anos, o museu tem desenvolvido ações que buscam integrar: preservação de acervos iconográficos e sonoros, pesquisa e difusão cultural, além de atender a demanda de consultas de estudantes, professores, cineastas, produtores culturais, enfim, profissionais de diversas áreas que necessitam ter acesso às imagens históricas da cidade e região. O Museu realiza seus próprios projetos de pesquisa, cujos resultados são disponibilizados para a população em exposições, publicações e vídeos. O MIS também organiza mostras de vídeo, cinema e fotografia.
Assim como os outros relatos feitos até agora, no MIS a coisa não está muito diferente já que faltam recursos para as coisas mínimas, ou seja, papel higiênico, luvas, continuação de obras e etc. Contudo, isso não é motivo para ficarmos paradas “vendo a banda passar”, não é mesmo?
Na nossa primeira semana de estágio, alguns funcionários nos apresentaram o espaço que abriga o museu, ou seja, o Palácio dos Azulejos. Visitamos a exposição permanente, adentramos em salas que, por total falta de recursos, estão entregues às moscas, e podemos conhecer também a forma como o museu está estruturado.
O MIS está dividido em setores de fotografia, vídeo, cinema e música, além de possuir uma biblioteca com publicações que vão desde livros e revistas até partituras. Nessa ocasião, os funcionários, falaram também a respeito da discoteca que contém muita, mas muita coisa interessante mesmo, mas que por falta de verbas, funcionários, espaço adequado (ou seja, tudo!) ainda não é aberta para a consulta do público.
Pensando nisso, achamos que seria interessante, desenvolver mesmo que por pouco tempo um trabalho de preservação, organização e catalogação do acervo juntamente com a Flávia, uma profissional formada em música, responsável pelo setor.
Adentrando o espaço físico da discoteca pudemos observar a enorme quantidade de discos, bem como o estado precário de alguns. Contudo, foi só com o manuseio destes (tem de ser feito de maneira muito cuidadosa porque para quebrar é muito fácil, e nós não pretendemos ser responsáveis pela destruição do patrimônio público, rs) que nos demos conta da diversidade, já que encontramos óperas, sambas (esses são muitos!), tango, bolero, enfim tem de tudo.
Bom, mas voltando um pouco, o nosso trabalho é basicamente pegar disco por disco e catalogar, ou seja, colocar o nome da canção, o gênero e o intérprete, além de limpar cada um deles. Analisamos essa atividade de maneira muito positiva na medida em que, estamos entrando em contato tanto com a parte de pesquisa quanto com a parte técnica.
Também testemunhamos a falta de cuidado com a catalogação durante as diversas gestões que o Museu conheceu. Parte do acervo está organizada, mas não há um registro escrito da lógica da organização feita pelos antigos funcionários. Com isso a atual responsável, a Flávia, é obrigada a organizar novamente todo o acervo, fato que inviabiliza o acesso aos pesquisadores.

A falta de um computador que abrigue os dados de todo acervo é mais um agravante. Mesmo assim está sendo interessante acompanhar o processo de catalogação, ainda que com muitas dificuldades, e como o registro dos procedimentos adotados é vital para o bom funcionamento do Museu. E esperamos que nossa pequena participação contribua com a abertura de um acervo muito rico na área da história da música.

Pâmela e Luciana


Uma outra função para o BLOG?!

Caros colegas de disciplina
conversando com algumas pessoas que estão fazendo essa disciplina e que não estão estagiando no mesmo local que eu, percebi que havia algumas reclamações sobre a disciplina.
Durante a reunião que fizemos para decidir os novos representantes discentes da nossa sala (Mariana Meschiatti e João) muitos desses problemas foram levantados novamente e foi proposto a utilização deste Blog, para realizarmos a avaliação da disciplina, que ainda não foi feita, para podermos construir um relatório dos problemas apresentados.
Achamos essa maneira bastante viavél, gostaria somente de saber a opinião dos docentes dessa disciplina...
Só temos boas intenções.rs.
abraços e beijos a todos
Fernando

CSPC vai bem obrigado

Pois é me enganaram!
Primeiro disseram que iriamos para o CONDEPACC e, chegando lá, descobri que iria estagiar no CSPC. Essa foi a primeiro susto. Siglas! CONDEPACC é o conselho que delibera e discute assuntos de patrimonio histórico, arquitetônico, cultural e ambiental em campinas, enquanto que CSPC é o orgão técnico que faz os estudos dos bens a serem tombados! UFA! no final das contas não me enganaram tanto assim... mas foi por pouco.
Na segunda-feira da reunião geral, fomos apresentados para a diretora geral do CSPC, a Daisy e para a "braço-direito" da Daisy, a Fabiola. Mulheres muito legais, atenciosas e prontas para conversar, discutir e ajudar em qualquer dificuldade ou angustia no trabalho.
Por causa do pequeno tempo que temos para estagiar, elas resolveram criar uma atividade capaz de nos apresentar como é trabalhar com patrimonio num orgão do governo. Ou seja, como é todo o tramite técnico-burocrático para se tombar um bem.
A atividade proposta foi o estudo de um bem tombado do centro da cidade e a indicação de uma possível intervenção para esse edifício. Fui presenteado como o Solar do Barão de Itapura, atual sede da Puccamp central. Esse foi o terceiro processo aberto pelo CONDEPACC, e antes disso, em 1983, o edifício já havia sido tombado pelo CONDEPHAAT.
Bom a pilha de documentos do processo é enorme e exaustivamente repetitiva! Nosso trabalho começou por uma leitura do processo e depois teriamos que pesquisar mais sobre o edifício para construirmos um argumento que defendesse e pautasse nossa proposta... Bem é isso que estamos fazendo.
Parece tudo muito fácil, mas há alguns impecilhos que aparecem no decorrer do percurso. Vamos ao primeiro que estou enfrentado:
Depois de ter vistoriado o edificio, achei necessário fazer um ensaio fotográfico para anexar no meu trabalho e entrei em contato com a PUC para pedir autorização. Enfim encontri um tramite burocrático bem chato.
O segundo, que foi breve e não causou a queda de nenhum fio de cabelo:
Nos encaminharam para pesquisar no arquivo municipal e como a Flavia trabalha lá, pedi para ela se informar se havia algum documento para eu olhar e não perder a viagem. Segundo a chefe dela não havia nada e era para eu ir pesquisar na CEPLAMA. Aonde é isso? Fabiola me informou que era na prefeitura,e o impecilho foi resolvido.
Enfim acho que são as chatices do ofício, mas é bem legal!!
Depois envio mais informaçoes
Até a próxima...

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Para descontrair...


A proposta da Andresa: o que vcs acham?

Pessoal: em seu último texto a Raquel apresentou uma proposta, que é da Andresa, de produzirmos um relatório final com uma espécie de "inventário" da situação vivida nas instituições ligadas à Secretaria de Cultura e entregarmos para a Renata, a coordenadora que nos recebeu de braços abertos.
O que vcs acham da proposta?
Mais duas coisas:
1) Que tal aproveitarmos a ocasião dos estágios para conhecermos os outros espaços em que estão nossos colegas? Para tanto seria recomendável que indicassem horários de funcionamento e qdo vcs estão por lá
2) vamos postar fotos?
Abraços

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Apenas para continuar o que havia parado... Se existirem mais letras suprimidas e palavras esquecidas não é culpa minha, é culpa dos meus olhos que não querem revisar o texto direito, rs.
Sexta-feira passada, eu, Anakin e Fabrício fomos até o centro de Campinas com uma das arquitetas lá do CSPC, a Paula, (CSPC é na verdade o local onde nós estamos estagiando). Antes de contar como foi na sexta deixe-me explicar esta confusão entre CONDEPACC E CSPC que foi se construindo em minha mente e hoje depois de uma conversa com a Paula desmoronou. CONDEPACC trata-se do conselho municipal de campinas composto por diversos profissionais (políticos, professores universitários, pesquisadores, funcionários dos órgãos especificos) que avalia o que deve ou não ser tombado, grosseiramente é quem bate o martelo e julga pelo sim ou pelo não depois de uma ou mais reuniões. Já o CSPC é o órgão que vai atrás do que se supões deve ser tombado, ou seja, todo o processo de campo, de pesquisa do edifício é feito pela CSPC, que depois de fazer sua avaliação repassa par o CONDEPACC que julga. Como não fazemos parte do conselho, rs, nós estamos trabalhando com o pessoal da CSPC, que na verdade faz parte do CONDEPACC, mas não é ele.
Esqueci de contar também que a responsável pelo CSPC é a Daisy Ribeiro, que é historiadora. No entanto, quem está nos orientando mesmo é a Fabíola, formada em Ciências Sociais. Interessante foi perceber que felizmente, numa área onde apenas arquitetos apareciam (grande parte do envolvidos são arquitetos) percebe-se o envolvimento (mais do que essencial) de profissionais de outras áreas que estão intimamente ligados com patrimônio.
Agora posso falar um pouco de como foi na sexta-feira, nossa pesquisa de campo.
Não sei se já falei que depois de selecionarmos o edifício e lermos o processo de tombamento deveríamos procurar, em outras fontes algo que tratasse da história da construção e tamb´me de seu tombamento. Melhor dizendo, ir atrás de plantas, de autorização de reformas, etc para elaborarmos um texto que trate destes aspectos e também que coloque, ao nosso ver, uma proposta de utilização do edifício. E como fazer isso se todos os prédios escolhidos já são utilizados? Talvez pensar em uma outra forma de utilização que vá além, no caso do prédio do Museu da Cidade, de uma instituição que hoje quase ninguém sabe que existe e que passe a atrair mais a população para que ele possa reviver.
Mas antes disso precisamos conhecer cada bem tombado de perto, daí a necessidade de irmos até o prédio. Tive que preencher uma ficha sobre cada detalhe do edifício: porta, janela, revestimento, estado de conservação do prédio. Termos técnicos que, na verdade, eu acho muito chato. Claro que para isso a Paula, a arquiteta que citei no início me ajudou. Apesar de achar chatos os termos, foi interessante perceber que para cada elemento, seja ele perceptível aos nossos olhos numa visão bem geral do edifício ou não, cada detalhe deve passar pelo processo de avaliação. O que mais tarde poderá influenciar no restauro, se for o caso.
Como o antigo prédio da fábrica Lidgerwood trata-se de um edifício industrial do século XIX ele é todo revestido de tijolos e não tem muitos detalhes, o que facilitou a primeira observação. No entanto, apesar da simplicidade, quanto mais se olha mais se percebe aspectos que devem ser levados em consideração, o que torna o trabalho não tão fácil quanto imaginamos. Além de conhecer os termos arquitetônicos referentes aos detalhes que, por exemplo, estão acima da porta ou da janela, é necessário ter um olhar cuidadoso que tente entender também qual é a importância daquele bem, não apenas arquiteturalmente (essa palavra existe?) mas social (e neste caso, econômica também) para a História da cidade.
Cansei... depois colocarei as fotos do prédio aqui para que todos possam ver. Não coloco agora porque ainda não tirei, estou indo fazer isso agora, rs.
Até mais
Flávia

Observatório Municipal Jean Nicolini

Para acabar logo com a curiosidade geral, decidimos escrever o nosso primeiro post sobre as nossas primeiras experiências e impressões com o estágio no Observatório Municipal Jean Nicolini. Inaugurado em 15 de janeiro de 1977, foi o primeiro observatório municipal do país, denominado, então, como Estação Astronômica de Campinas. Localizado no pico de Cabras, hoje suas atividades abrangem de visitas educativas de divulgação até pesquisa astronômica e espacial. Após resolver o primeiro impasse surgido logo na primeira semana de estágio - a questão do transporte -, agora lidamos com um problema que não está em nossas mãos: a chuva. Por ter que enfrentar cerca de 10 km de estrada de terra para poder chegar ao Observatório, em períodos de chuva forte o acesso ao mesmo se torna impossibilitado. Por isso, em duas semanas não pudemos ir até lá devido à falta de colaboração de São Pedro.
E não é exagero: haja chão para chegar até lá. Dura cerca de uma hora e meia o trajeto da Estação Cultural até o Observatório. No nosso primeiro dia, fomos muito bem recebidos pelos três astrônomos que lá trabalham. Pelas conversas que tivemos com eles, ficamos sabendo um pouco sobre a estrutura do local, o seu funcionamento e os principais problemas enfrentados por eles. As visitas ao Observatório são de dois tipos: as visitas educacionais e as públicas. As primeiras ocorrem de terça à sexta-feira, com um agendamento prévio da escola interessada. Nelas, os estudantes do 1º ao terceiro graus tem a oportunidade ter um contato direto com a Astronomia e as ciências correlatas. O objetivo principal da atividade que dura umas duas horas é o de demonstrar as relações que a Astronomia tem com o cotidiano, aproximando, assim, a ciência dos estudantes. Já as visitas públicas ocorrem aos domingos, das 17h às 21h. Para a visita é cobrada uma taxa de R$ 3,00 por pessoa, sendo isentos crianças até 6 anos e adultos a partir de 60 anos. Ficamos sabendo que as visitas aos domingos são a principal fonte de renda para manutenção do Observatório. Assim como já foi relatado pelas meninas que estagiam no Planetário, o Obsevatório também sofre com a baixa arrecadação, problema este agravado devido aos custos que ele tem para a manutenção dos telescópios. À primeira vista, a situação do local não demonstra isso: ele está muito bem conservado e sem maiores problemas de infra-estrutura. Entretanto, pelo que nos contaram, são os próprios funcionários de lá que tiram do seu bolso o dinheiro para tinta, por exemplo, já que a verba arrecadada volta-se principalmente para conservar os aparelhos científicos. A história de alguns dos telescópios de lá já é por si só irônica: contaram-nos que um deles foi fruto de uma troca econômica feita pelo governo militar, durante a ditadura, e que durante muito tempo ficou desmontado e esquecido no interior de Minas Gerais. Somente na década de 1980, ele foi adquirido pela então Estação Astronômica de Campinas que passou a realizar pesquisas com o que a revista Veja na década de 1970 referiu-se como “entulho científico dos militares”.
O principal problema de lá realmente é a verba. Um reflexo disso é o transporte liberado pela prefeitura, que já chegou a mandar até mesmo o carro sem combustível suficiente. Mas, o empenho dos quatro funcionários que lá desenvolvem as atividades de pesquisa e educativa consegue contornar isso. Mesmo com a falta de verba conseguem, na medida do possível, manter o funcionamento das atividades do Observatório e desenvolver projetos nele. Um exemplo disso é o fato de que um dos pesquisadores está lançando sua candidatura para vereador de Campinas nas próximas eleições. O argumento que ele nos apresentou foi de que se a prefeitura não olha para as instituições científicas com o cuidado que elas merecem, por não serem “fontes de voto”, a sua eleição provaria o contrário e ele poderia, então, defender a demanda desses lugares.
Assim como as meninas que estão no Planetário, de início não sabíamos exatamente o que faríamos no Observatório. De início, achávamos que teríamos que aprender sobre Astronomia, Física... esse monte de coisa que passado o vestibular fica lá nas memórias escolares. Mas, um dos pesquisadores, propôs que nós o ajudássemos a desenvolver um projeto interdisciplinar que ele pretende apresentar a partir do ano que vem. Nesse projeto, intitulado “Telescópio: espelho do tempo”, ele pretende mostrar que a noção de tempo é uma construção, pois quando olhamos uma constelação através de um telescópio a imagem que vemos é uma imagem do passado, do tempo necessário que sua luz leva pra chegar até nossos olhos e para que ela pudesse ser visualizada. Então, caberia a gente pegar algumas dessas constelações capazes de ser vistas no Observatório e, a partir da sua distância em anos-luz, pesquisar sobre qual imagem e qual época essa mesma constelação teria da terra caso houvesse alguém que de lá nos observasse. Um jeito encontrado por ele de juntar a História e a Astronomia e, ainda, um modo de ensinar as duas disciplinas de maneira divertida e curiosa. O bom dessa proposta é que mesmo nos dias em que o clima de Campinas não resolve colaborar, podemos desenvolver as atividades do estágio através da pesquisa sobre as datas selecionadas. Essas pesquisas ainda incluem o uso de imagens e sons, o que torna a exposição mais interativa e interessante.
Marcos e Larissa

domingo, 11 de novembro de 2007

MACC - Museu de Arte Contemporânea de Campinas

Semana I

Pretendemos, aqui, narrar semanalmente um pouco do que acontece durante nosso estágio no MACC. Para tanto, nesta primeira postagem recuperaremos os pontos principais das últimas três semanas (ou seja, quase 50% do período do estágio!!!).
Logo na primeira semana fomos recebidas pelo diretor do museu (ainda que, oficialmente, o nome de seu cargo seja outro). Ele foi muito atencioso, apresentou-nos os espaços do museu e, de forma bastante detida, a atual exposição preparada pelo MACC. É uma exposição de Aldemir Martins, artista nordestino brasileiro. Fernando (o diretor) contou-nos algo a respeito do artista e sua trajetória profissional, e depois passou a assuntos relacionados à organização e montagem da exposição. Contou-nos cada passo percorrido, desde os primeiros contatos com o filho do artista, para a escolha das obras expostas, até a lógica seguida para a distribuição das obras pelo museu, os elementos usados para a divulgação da exposição, o público que freqüenta o museu, etc. Comentou, também, acerca das dificuldades técnicas e financeiras pelas quais passa o MACC, como falta de pessoal ou falta de verba para solucionar problemas (como uma luz queimada desde fevereiro, ou a falta de internet no museu).
Em seguida, levou-nos ao acervo do museu, mostrou um pouco do que havia lá, comentando, também, sobre a melhor forma de guardar cada tipo de obra. É um espaço que também está bem abandonado, o que já ocasionou o início da deterioração de algumas obras.
Por fim, mostrou-nos a bibilioteca do MACC, uma salinha pequena onde catálogos de exposições, periódicos e livros sobre arte repousam desorganizadamente em prateleiras empoeiradas.
Após essa visita minuciosa, Fernando comentou que a principal necessidade deles, no momento, era que auxiliássemos em visitas de estudantes ao museu, pois o MACC não conta mais com monitores. Entretanto, tais visitas são sazonais, não ocorrendo sempre nem em todos os dias do estágio. Mesmo assim, nenhuma outra atividade nos foi pedida ou proposta. Assim, saímos da primeira semana de estágio com a impressão de que não sabiam como nos envolver nas atividades do museu, e tendo feito absolutamente nada (com a perspectiva de que continuaria assim).

Semana II

Na segunda semana de estágio, acompanhamos visitas de escolas. Sabendo, porém, que elas não seriam suficientes para proporcionar-nos atividades durante todas as horas de estágio, chegamos ao museu com duas propostas para apresentar ao diretor, para que o estágio não se tornasse algo meramente formal.
No primeiro contato com o museu percebemos que nem o acervo nem a biblioteca eram catalogados. Na realidade, o museu não tem qualquer controle a respeito do que possui nesse sentido: sobre o acervo, há apenas um inventário desatualizado; da biblioteca, não tem qualquer tipo de listagem que levante o material lá existente, além de estarem todos os livros simplesmente depositados lá, sem seguir qualquer tipo de ordem que permita a pesquisa. Propusemos, assim, a realização de um desses dois trabalhos (pois, em decorrência do curto período de desenvolvimento do estágio, visto que o iniciamos quase no final do semestre, seria inviável a realização das duas atividades). Fernando se mostrou muito interessado pelas propostas que apresentamos, parecendo inclinar-se um pouco mais à catalogação dos livros da biblioteca, pois disse que um trabalho que há muito queria desenvolver, porém que não tinha pessoal suficiente para fazê-lo, era realizar uma listagem desses livros e disponibilizá-la à comunidade no site do MACC.
Então, combinamos assim: faremos um inventário dos livros e catálogos da biblioteca do MACC. A partir dessa listagem, buscaremos dados que completassem a catalogação: número de tombo, palavras-chave, resumo (conforme há na base Acervus, da Unicamp; essa base e a da Library of Congress são as nossas fontes para tais dados). Por fim, etiquetaremos os livros e os organizaremos segundo seus números de referência, para que possam ser efetivamente encontrados. Fernando pediu que apresentássemos essa proposta por escrito, para formalizarmos o projeto.

Semana III

Na terceira semana de estágio começamos o inventário dos livros da biblioteca do MACC. Para isso, levamos um laptop (pois o museu não dispõe de computadores que pudéssemos usar). Por enquanto, a proposta está sendo desenvolvida, ainda que não sem algumas conturbações. Possivelmente o principal obstáculo foi quando uma funcionário pediu-nos que desligássemos nosso laptop pois estávamos ocupando a tomada onde ela liga seu rádio. Em alguns momentos esse tipo de descaso com relação ao trabalho no museu e ao trabalho que nós, estagiárias, estamos desenvolvendo, fica mais evidente, o que desanima um pouco, parecendo ser inútil nossa tentativa de envolvimento com as atividades do museu.
Após o levantamento de alguns dos livros da biblioteca, continuamos o trabalho em casa ou na Unicamp. A tarefa de levantar dados a respeito dos livros está sendo realizado em outros momentos que não durante o estágio, pois não há internet que se possa usar para a pesquisa dessas informações sobre os livros.
Nessa semana, também acompanhamos um visita de estudantes ao museu (era 45 alunos de sétima série do Ensino Fundamental).

Daniele e Luna

Condepacc

Acabei de ler as postagens da Quel e da Dê e gostei muito da idéia das duas. Mas não vou me estender demais sobre o assunto porque ficarei com preguiça de escrever sobre o meu estágio depois, até porque hoje é domingo e não sei ainda a razão de estar escrevendo isso hoje, rs.
Depois de uma frustrado contato com a arquitetura (algumas pessoas sabem o porquê) lá estou novamente tentando me relacionar com ela e seus edifícios, hoje apenas os tombados em Campinas. Talvez seja um dos lugares onde a presença de estagiários (digo, não apenas nós) é bem maior. Isso deve, creio eu, ser resultado de uma política "em moda" (e espero que continue em moda para sempre) sobre preservação, tomabamentos essas coisas que confesso ainda não explicar muio bem, espero que este estágio contribua (esta é a intanção, não?) para isso também.
Para começar olhamos alguns processos de tombamentos (alguns enormes, por sinal). Na verdade, cada um de nós olhou um só, rs. Havia pego o processo da casa do Toninho (para quem não sabe ele foi prefeito de Campinas durante nove meses e "por acaso", segundo investigações, assasinado) que também por acaso me fugiu o nome. Trata-se de um edifício no Jardim Proença, próximo de um estádio que não vou citar o nome e também da casa do Fabrício. Falando nisso, ele deve se lembrar do nome. Qual é hein Fabrício?
Mas enfim, na verdade semana retrasada fiquei sabendo que este processo tinha sido retirado da lista que escolhemos e então fiquei sem processo! Tive que escolher e ler outro, bem maior. Na verdade, a seleção de processos tinha que levar em conta que teríamos que fazer uma visita pessoalmente a cada edifício, e por este motivo aquele com o qual eu tinha ficado (por ser um tanto longe do centro) havia sido descartado. Por isso, na segunda vez eu pude escolher um bem mais perto, rs. O prédio da antiga fábrica Lidgerwood. O mesmo onde a Lívia e a Keiko estão estagiando, ou seja, o prédio do Museu da Cidade. Aliás, depois de ler o processo percebi o quanto o projeto do Museu ainda é algo que não deu certo. O que nos leva àquilo que a Quel e a Dê mencionaram em suas postagens: o descaso municipal e da própria população (no caso eu também!) em relaçãos aos museus.
Bem, como já escrevi demais e preciso sair antes que algumas pessoas que vão ler isto me matem por estar atrasada, fico por aqui e depois escrevo mais sobre como ler processo é uma coisa chata (ainda bem que foram só duas vezes!) e como caminhar pelo centro da minha cidade visitando prédios antigos é maravilhos!!
Até,
Flávia